skip to Main Content
(27) 3020-0282 / 99861-6651 Ed. Affinity Work, SL 410, R. José Alexandre Buaiz, 350 - Enseada do Suá

INFERTILIDADE

A infertilidade foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de extrema relevância em Saúde Pública, representando um fenômeno mundial que afeta entre 50 e 80 milhões de pessoas em idade reprodutiva. De acordo com os dados da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), aproximadamente 6,1 milhões de casais norte-americanos (cerca de 10% da população em idade reprodutiva), apresentam problemas relacionados à fertilidade. No Brasil, dados do Ministério da Saúde, provavelmente subestimados, dão conta de que ao menos 278 mil apresentam infertilidade.

Comparado com outras espécies, o ser humano apresenta maior incapacidade em termos reprodutivos. A fecundabilidade é cerca de 20% e a probabilidade cumulativa de gravidez nos casais férteis é 90% aos 12 meses, e 94% aos 2 anos. Considerando que ter um filho constitui um dos maiores desejos dos casais, a infertilidade tem um impacto negativo nestes, trazendo conseqüências nefastas que incluem sofrimento psicológico, social e físico, isto é, ansiedade, depressão, frustração, medo, culpa, divórcio, estigma social e violência física.

A definição de infertilidade, segundo a OMS é a ausência de concepção após 24 meses de relações sexuais regulares e desprotegidas. A ASRM propõe como definição a incapacidade para conseguir uma gravidez clinicamente reconhecida após um ano de tentativa por parte do casal. Ainda quanto à definição, a infertilidade primária implica que o casal que mantém relações sexuais regulares e desprotegidas nunca tenha conseguido uma concepção e a infertilidade secundária refere-se ao casal que já conseguiu uma concepção,

mas que posteriormente é incapaz, considerando que mantêm relações sexuais regulares e desprotegidas durante um período de um ano. A maioria dos centros de reprodução assistida adota a classificação da ASRM, indicando que a investigação diagnóstica do casal deve ser iniciada após um ano de tentativas sem sucesso.

Presume-se um aumento real da prevalência desta patologia, ou pelo menos, da freqüência de consultas por este motivo, o que pode ser explicado pela postergação do momento em que se decide ter filhos, alterações na qualidade do sêmen devido a certos hábitos como tabagismo e alcoolismo, alterações na conduta sexual, traduzida por aumento do número de parceiros sexuais, o que se associa a uma maior exposição às infecções sexualmente transmissíveis e fatores ambientais, entre outros. As projeções de infertilidade realizadas nos Estados Unidos de 2000 a 2025 sugerem um aumento do percentual das mulheres inférteis, de 5 a 6,3 milhões em 2000, para 5,4 a 7,7 milhões em 2025.

O Royal College of Obstetricians and Gynecologists e o British Infertility Counselling Association, com base nos estudos de especialistas em infertilidade e psicólogos, mostram que a infertilidade está relacionada com a baixa produtividade e a perda de reservas para o país.

Nos últimos 20 anos registraram-se enormes progressos no sentido de esclarecer as causas de infertilidade. Didaticamente podem-se dividir os fatores causais de infertilidade em: fator masculino, tubo peritoneal e endometriose, ovariano, infertilidade sem causa aparente (ISCA) e outros.

FATOR

DISTRIBUIÇÃO

Masculino

35%

Tuboperitoneal/Endometriose

35%

Ovariano

15%

ISCA

10%

Outros

5%

Fatores como a idade, o nível sócio-econômico, a atividade profissional, a qualidade da assistência de saúde, e as condições ambientais, nomeadamente a exposição a potenciais substâncias tóxicas na alimentação e/ou no ambiente, como os solventes orgânicos, plásticos, mercúrio, álcool, nicotina, cafeína, cocaína e marijuana, têm sido relacionados com a infertilidade. Os fatores genéticos, alimentares (obesidade, perda e ganho excessivo de peso, perturbações alimentares, desnutrição) e o exercício físico excessivo, também se associam com a infertilidade.

O correto diagnóstico dos fatores causais é fundamental para individualização e o sucesso do tratamento. Entretanto, muitas vezes ocorre associação entre os fatores, o que piora os resultados.

A idade feminina avançada é o pior fator prognóstico para obtenção de gravidez, em parte pela redução da qualidade oocitária e hormonal, em parte pela mudança do comportamento sexual, com tendência à redução da freqüência das relações.

Para os homens não é diferente. Estudos demonstram que homens mais velhos apresentam redução da freqüência sexual, do volume ejaculado, da motilidade e da morfologia normal dos espermatozóides quando comparados a homens mais jovens. Tais alterações culminam em uma capacidade reduzida de fertilização nos homens mais velhos.

As Técnicas de Reprodução Assistida (TRA) podem ser de baixa ou de alta complexidade. Na TRA de baixa complexidade, a fecundação ocorre dentro do organismo da mulher. É representada pelo coito programado e Inseminação Intra-Uterina (IIU). Já na TRA de alta complexidade, a fecundação é extracorpórea, em que embriões formados em laboratório são transferidos para o útero materno. Compreende os procedimentos de Fertilização In Vitro (FIV) com transferência de embriões, convencional ou com Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI).

Desde o nascimento de Louise Brown, em 1978, primeira criança oriunda de TRA, estima-se que tenham nascido, no mundo, aproximadamente cinco milhões de crianças oriundas destas técnicas. Os progressos nesta área são exponenciais, o que permite alcançar taxas de gravidez clínica cada vez mais elevadas.

Atualmente, a taxa de sucesso varia de 20 a 30 % por ciclo, a depender da técnica utilizada e, principalmente, da idade da paciente.

(27) 3020-0282 / 99861-6651
Edificio Affinity Work, SL 410 R. José Alexandre Buaiz, 350 - Enseada do Suá CEP: 29050-545 - Vitória - ES
contato@dralayza.com.br
08:00h às 17:00h - Seg. a Sex.
CONTATO

Copyright 2017 - Dra. Layza Merizio Borges - Medicina Reprodutiva

Back To Top